domingo, 4 de abril de 2010

O caso das mochilinhas de segurança - parte 1

Meu Pedro Antônio ganhou uma hoje (iupiiiii!!!). Quase ninguém da família (do papai) me apóia, só uma amiga e meu marido.
Já ouvi de tudo, já li de tudo: desde elogios até críticas, e a maioria é critica mesmo, do tipo "Leva tb um saquinho pra recolher o cocô quando ele fizer!", comparando aos nossos amados companheiros, os cachorros.
O preconceito é grande, e o que muita gente não entende é que isso é uma coisa para ser usada em prol da segurança da criança, e não como uma "guia de passeio" usada em animais. Já vi pessoas falarem que isso é coisa pra “pais preguiçosos, que não querem educar”, mas o que não se entende é que, até vc conseguir ensinar uma criança de 2 anos e meio que não se deve correr, ficar longe dos pais, e sobre os perigos do mundo e etc, vai um certo tempo.
Durante essa transição eu quero ter a absoluta certeza de que não vou ter meu filho desaparecido por questão de segundos que pisquei e ele saiu correndo e alguém o levou… Ou que ele saiu correndo por uma porta e foi atropelado, e coisas do gênero. Assim que meu trabalho como mãe já tiver surtindo efeito – ou seja – assim que ele for entendendo os limites e as responsabilidades que deve ter, é óbvio que o “rabo do macaquinho” (a mochila dele é exatamente a da foto; o rabo é o tecido que se prende na mochila e na outra ponte é onde segurarei) será aposentado (a mochilinha poderá ser usada mesmo sem o "rabo de segurança", pois tem um compartimento onde pode ser colocado brinquedo, ou um biscoito, ou um copo de água, coisas do gênero).
Além disso tudo, tem a questão da "descoberta do mundo"; com a mochilinha de segurança não preciso ocupar uma das mãos do meu reizinho, e ele pode ficar à vontade para tatear e colocar as mãos em (QUASE, EM GENTE!!!!) tudo que quiser conhecer. O Pedro odeia andar de mãos dadas, se acha "adulto" o suficiente pra andar soltinho por aí... Pq eu tenho de ficar segurando ele pelas mãos, contra sua vontade, e deixar ele chorando por isso? Pq não posso educá-lo e ensiná-lo que se deve ficar por perto, e sobre os perigos, e etc, mas deixando ele conhecer o mundo da maneira que ele deseja (mãos livres), dentro do possível?
Acredito que a maior parte do preconceito seja por não entender ou não querer nem ouvir a outra opinião, o outro lado, além de ter pessoas que fazem mau uso do acessório, como já vi pessoas arrastando crianças pelo chão afora como se realmente fossem animais.
Tudo tem prós e contras. Cada um conhece sua "cria" e sabe do que ela é capaz. E nos MEUS prós e contras, prefiro ter meu filho numa mochila dessas ao meu lado e EM SEGURANÇA, que chorar o leite derramado por um filho perdido, seqüestrado, ou atropelado embaixo de um carro... Muito drama? É só assistir os jornais todos os dias que cada vez mais se vê atrocidades feitas à crianças por pedófilos ou até mesmo acidentes que poderiam ser facilmente evitados com um acessório como esse, afinal ninguém é 100%, nós somos humanos e podemos falhar, infelizmente. E não quero que um filho meu sofra por uma falha minha (por não conseguir correr e segurá-lo a tempo) ou uma piscada mais lenta que dei (e não o ver ser levado por alguém desconhecido), ou qualquer outra coisa do gênero.
Usar ou não, e gostar ou não, é um direito de cada um, só não devemos julgar a capacidade dos pais pelo uso desse “apetrecho”. (Tá "boiando? Leia aqui.)

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