quarta-feira, 21 de abril de 2010

Descobertas gastronômicas

Desde muito cedo o Pedro já foi com a gente no La Mexicana; se não me falhe a memória, a primeira vez dele lá foi ainda no segundo trimestre de vida, quando ainda mamava no peito... A gente ia sozinhos ou com amigos... E o Pedro sempre acompanhando.
Hoje à tarde, quando o maridão perguntou sobre o que comeríamos no jantar, sugeri a Nacho Salad... Que pela minha mãezinha (que tb já comparaceu e aprovou!), é deliciosamente DE-LI-CI-O-SA! E então fomos eu, o Eduardo e o Pedro.
O lugar é muito legal, comida gostosa, ambiente aconchegante e, de quebra, tem brinquedinhos pra distrair a criançada! O Pedro ama... Mas o que me deixou mais impressionada ontem foi na hora do "papá"...
Pedimos a salada e, pra acompanhar, nachos com chili, pois vem o salgadinho com o chili (!!!) e a salsa (molho de tomate suavemente apimentado, suave mesmo!), e assim o anjinho travesso poderia comer os salgadinhos, já que achamos que ele não comeria a salada (apesar do Pedro comer até pedra se deixar... rs).
E não é que quando chegou a comida, ele quis provar a salsa??? Nós deixamos, e ele comeu uma, duas, três... Acabou com o prato de nachos e o potinho de salsa!!!

>> "Dá mamãe." - apontava pro prato de nachos.
>> "É esse, filho? Você gostou?"
>> "É mamãe, dááááá! Pedro papa e o Ião (leão) papa." - a essa hora, ele comia e também alimentava a selva toda em cima da mesa, só faltou a Glória.

E ele mergulhava o nacho na salsa e mandava pra dentro. No começo ele molhava e chupava o salgadinho, como se fosse pirulito (!), mas depois foi comendo tudo direitinho, que nem gente grande... hahahahaha...
Ai, meu filho tá um rapazinho! :´)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Novidades "vocabhilárias" - Edição 002/10

Hoje nosso leãozinho resolveu soltar a língua com os personagens do Maurício de Souza, na hora em que estava ao banheiro... Ele viu os desenhos no pacote de lenços umedecidos da Turma da Mônica e disparou:

>> "Óia mãe, a Mônquita!"

Eu, me segurando pra não rir, pedi pra repetir, é claro...

>> "Como é filho?"
>> "A Môôôônquita mãe!"

E daí resolvi ensinar o nome dos outros dois personagens na embalagem:

>> "Ah, é mesmo filho; e esse é o Cebolinha, e essa a Magali."
>> "Ceboquínha e Magaí. E a Môôônquita mãe!"

É isso aí. Acho que ele prefere a dentucinha...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Novidades "vocabhilárias" - Edição 001/10

Vou começar a fazer posts das novidades "vocabhilárias" (pq é hilário mesmo!) do Pedro Antônio, pois só guardando mesmo pra ler e "escutar" na mente novamente aquele som tão engraçado das palavras quando começam a ser aprendidas por esses seres magnânimos que são nossas crianças...

***

E hoje, depois de ele me atazanar bastante, e eu ficar brava por não conseguir terminar de fazer uma arte pra uma cliente, ele ficou falando baixinho, perto da minha cadeira, e de repente virou e disse:

>> "Beieza mãe?"

Detalhe: ele ainda fez um "jóia" com o dedão, igual gente grande... tem como resistir? Parei o trabalho por minutos e sai pra brincar com ele, pq além disso tudo ainda ouvi vááááários "amo c'ocê mamãe"...
É, ele não é mole não, hahahahahaha...

***

Bom, ele também já soltou:

>> Ômptus (ônibus);
>> Caíão (caminhão);
>> Meda (merda; uma única vez quando me ouviu falar a "linda palavrinha" quando caiu um trabalho meu no chão e eu fiquei "P" da vida).

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Onde fica o botão de tradução simultânea???

Há alguns dias atrás (acho que em março), voltando da escola, perguntei ao Pedro como tinha sido a aula; se tinha brincado, se tinha comido... E ele respondendo como sempre. De repente, quando indagado sobre quais tias haviam brincado com ele naquele dia (exercitar o vocabulário, né? hehe), o Pedro foi soltando:

>> "Tia Bel."
>> "Quem mais, filho?"
>> "Tia Kaína." (Karina)
>> "E quem mais?"
>> "Ama."

Pensei na hora "Ãhn?" e acredito que devo ter feito de cara de ponto de interrogação, pois ele ainda não tinha falado dessa tia "Ama". Perguntei de novo:

>> "Tia Ana?"
>> "Não, tia Aoama."
>> "Como? Repete que a mamãe não entendeu..."
>> "Tia Aouama." - já fazendo aquela cara de sapeca, com riso no canto do rosto, enrolando mais ainda pra falar, só pra me sacanear e me ver com cara de tacho, rsrsrs...

Cada vez que eu perguntava, saía mais enrolado, e o Eduardo - lá no volante - teimava em dizer que deveria ser uma "Tia Ana", e que ele não estava sabendo falar.

>> "Imagina, ele fala 'Ana' certinho... Ele tá é de sacanagem... Pedro, repete pra mamãe!"
>> "Tia Oaooma" - rindo, olhando pra minha cara de quem não estava entendendo nada;
>> "Não, Pedro... Fala direito, eu não estou entendendo. É tia Ana?"

Fiquei testando vários nomes que começassem com "A" pra ver se poderia ser algum outro... Quando o som começo a ficar mais pra "P".

>> "Como filho? Paula? Patrícia? PALOMA!" - e comecei a rir...
>> "É mãe PA-O-MA!" - com a cara mais lavada do mundo, rindo, tirando sarro mesmo, como quem diz "Ai, essa minha mãe não entende nada..."

A essa altura, eu já tinha "mordido", beijado, abraçado e feito todas aquelas loucurinhas com ele que só quem tem essas "joinhas" em casa é que entende. E o pai, se pudesse, tinha colocado no piloto automático e tinha pulado pro banco de trás, pra curtir com a gente.
Bem disse o avô "Maio Caieca" (Mário Careca) que, noutro dia, depois de estar mergulhado em meio a tantas palavras sem pé nem cabeça para nosso vocabulário, perguntou:

>> "Onde fica o botão de tradução simultânea nesse menino???"

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O caso das mochilinhas de segurança - parte 2

Galerinha, deixa eu contar a nossa 1ª experiência com a mochilinha...
Saí com o Pedro hoje, para ir às compras de roupas de frio para ele. Eu não gosto de depender de ninguém; qdo vc não tem como fazer é uma coisa, deixa com alguém que pode ficar cuidando do seu pimpolho em casa, mas no caso, eu tb queria levá-lo pra passear... Provar as roupas e etc.
O rabo do macaquinho - que é onde a gente segura - é na medida certa: nem longo, mas tb não é curto demais; dá pra pegar ele no colo (ele pediu algumas vezes) sem precisar ficar tirando o cordão.
Nós andamos de mãos dadas quase o tempo todo (prendi o "rabinho" no passador de cinto da minha calça jeans); sempre explicando pra ele que tinha que ficar perto de mim, pra não se perder, etc... Mas tinha horas em que ele queria fica mais "soltinho", daí eu podia soltar a mão dele, sempre acompanhando seus passos e falando pra não sair de perto de mim.
Eu fiquei com as mãos livres para ficar escolhendo as roupas e ele tb ficou livre pra brincar por perto de mim, sem correr o risco de sair correndo da loja, ou de alguém levá-lo sem eu ver (o danado é "dado"; é só falar em ir passear que ele tá indo sem nem conhecer a pessoa! rs).
Todas as mães da loja (que entravam e saiam) me perguntaram onde comprei; as vendedoras ainda falaram "Nossa, toda mãe devia ter um acessório desses! Como ajuda!".
Acho que não recebemos nenhum comentário contra pq a mochilinha é realmente uma graça; no primeiro olhar vc vê apenas a mochilinha (que é uma graça); qdo vc abre o campo de visão é que vê o rabinho... que no caso, ficou preso à minha cintura o tempo todo. Teve até um cara na rua que disse "Olha amor, que gracinha... A mochilinha dele é como um cinto de segurança pra ele não se perder da mãe!" e nessa hora eu e ele estávamos de mãos dadas, passeando por uma pracinha no centro da cidade. Eu sorri por dentro e pensei "Nossa, um homem entendendo das coisas de mães!" rsrsrsrs...
Talvez se fosse do modelo tipo "colete", como aqueles parecidos com os de cachorros a gente teria recebido vários olhares tortos, mas isso não aconteceu (pra meu espanto!). E teve tb a coisa de andar sempre com ele, e não segurando o cinto com ele correndo lá na frente e eu aqui atrás, como se estivesse segurando um cachorro que sai desembestado correndo pela rua na hora de passear, rsrsrsrs... Acho que é esse tipo de uso que faz delas um verdadeiro "mito". Usando corretamente, as pessoas enxergam a verdadeira utilidade dela - a segurança da criança, fora que como disse anteriormente, as pessoas quase não percebiam o cinto, só na hora em que ele queria ir mais longe e o cinto esticava... Daí eu ia pra perto dele (ao invés de puxá-lo!) e explicava que tinha que ficar perto da mamãe, pra não se perder.
Bom, esse foi meu relato do nosso primeiro passeio. Assim que der, tiro fotos e coloco aqui pra vcs verem a maneira como me adaptei à ela.

Final das contas: ele adorou o "caquinho", e a mamãe aqui voltou pra casa com "500" sacolas de roupas, feliz da vida por ter dado certo nossa saída juntos, passeamos, e ainda não corri o risco de perder meu bem mais precioso: meu filho!

domingo, 4 de abril de 2010

O caso das mochilinhas de segurança - parte 1

Meu Pedro Antônio ganhou uma hoje (iupiiiii!!!). Quase ninguém da família (do papai) me apóia, só uma amiga e meu marido.
Já ouvi de tudo, já li de tudo: desde elogios até críticas, e a maioria é critica mesmo, do tipo "Leva tb um saquinho pra recolher o cocô quando ele fizer!", comparando aos nossos amados companheiros, os cachorros.
O preconceito é grande, e o que muita gente não entende é que isso é uma coisa para ser usada em prol da segurança da criança, e não como uma "guia de passeio" usada em animais. Já vi pessoas falarem que isso é coisa pra “pais preguiçosos, que não querem educar”, mas o que não se entende é que, até vc conseguir ensinar uma criança de 2 anos e meio que não se deve correr, ficar longe dos pais, e sobre os perigos do mundo e etc, vai um certo tempo.
Durante essa transição eu quero ter a absoluta certeza de que não vou ter meu filho desaparecido por questão de segundos que pisquei e ele saiu correndo e alguém o levou… Ou que ele saiu correndo por uma porta e foi atropelado, e coisas do gênero. Assim que meu trabalho como mãe já tiver surtindo efeito – ou seja – assim que ele for entendendo os limites e as responsabilidades que deve ter, é óbvio que o “rabo do macaquinho” (a mochila dele é exatamente a da foto; o rabo é o tecido que se prende na mochila e na outra ponte é onde segurarei) será aposentado (a mochilinha poderá ser usada mesmo sem o "rabo de segurança", pois tem um compartimento onde pode ser colocado brinquedo, ou um biscoito, ou um copo de água, coisas do gênero).
Além disso tudo, tem a questão da "descoberta do mundo"; com a mochilinha de segurança não preciso ocupar uma das mãos do meu reizinho, e ele pode ficar à vontade para tatear e colocar as mãos em (QUASE, EM GENTE!!!!) tudo que quiser conhecer. O Pedro odeia andar de mãos dadas, se acha "adulto" o suficiente pra andar soltinho por aí... Pq eu tenho de ficar segurando ele pelas mãos, contra sua vontade, e deixar ele chorando por isso? Pq não posso educá-lo e ensiná-lo que se deve ficar por perto, e sobre os perigos, e etc, mas deixando ele conhecer o mundo da maneira que ele deseja (mãos livres), dentro do possível?
Acredito que a maior parte do preconceito seja por não entender ou não querer nem ouvir a outra opinião, o outro lado, além de ter pessoas que fazem mau uso do acessório, como já vi pessoas arrastando crianças pelo chão afora como se realmente fossem animais.
Tudo tem prós e contras. Cada um conhece sua "cria" e sabe do que ela é capaz. E nos MEUS prós e contras, prefiro ter meu filho numa mochila dessas ao meu lado e EM SEGURANÇA, que chorar o leite derramado por um filho perdido, seqüestrado, ou atropelado embaixo de um carro... Muito drama? É só assistir os jornais todos os dias que cada vez mais se vê atrocidades feitas à crianças por pedófilos ou até mesmo acidentes que poderiam ser facilmente evitados com um acessório como esse, afinal ninguém é 100%, nós somos humanos e podemos falhar, infelizmente. E não quero que um filho meu sofra por uma falha minha (por não conseguir correr e segurá-lo a tempo) ou uma piscada mais lenta que dei (e não o ver ser levado por alguém desconhecido), ou qualquer outra coisa do gênero.
Usar ou não, e gostar ou não, é um direito de cada um, só não devemos julgar a capacidade dos pais pelo uso desse “apetrecho”. (Tá "boiando? Leia aqui.)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O dia em que a Terra parou...

É, meu marido ficou sem ar, sem chão, sem sei-lá-o-quê... Vi ele transparente, vindo em minha direção, dando passos pesados com o Pedro no colo, com a cara fechada, quando perguntei:

>> "Onde vocês foram?"

Pera lá, vou começar do início, rsrsrsrs...
Fomos ao shopping hoje à tarde, pra distrair o Pedro um pouquinho (tínhamos saído do pediatra dele, e o coitado anda meio assustado de tanto ir e vir de médicos) e até nós mesmos (minha contratura muscular tá uma cooooooooooooooooisa de chata, chuinf!).
Pro Pedro, "shopping" significa "brinquedos", então levamos o danado lá na área pra crianças... Foi muito engraçado ver a cara do Eduardo, quando viu ele subindo como um "foguete" naqueles brinquedos onde as crianças escalam de um lado, escorregam do outro e caem numa piscina de bolinhas (como esse aqui)...

>> "Li, cadê a monitora, ou a gente entra com ele???" perguntou ele, assutado;

>> "Du, só tem aquela moça lá na porta, e você acha mesmo que teríamos de entrar com ele? Olha onde ele já está..." e apontei pro Pedro láááááááááá em cima, dando a volta no brinquedo pra escorregar e cair na piscina de bolinhas;

>> "Amor, você dormiu quando o Pedro tinha 1 ano e acordou só hoje, né???" falei sorrindo, consolando meu maridinho, que estava boquiaberto com a rapidez, agilidade e esperteza do nosso filhote.

O papai estava todo bobo... Cheio de orgulho do filhão, que cresce a cada dia mais ávido por informação e conhecimento. Até que a Terra parou - ou quase.
Na hora de ir embora, paramos em frente a cabine onde pagamos o estacionamento, e o Eduardo soltou da mão do Pedro por segundos - eu disse segundos mesmo! - para me dar a carteira, pois estava sem trocados; eu paguei o cartão e me virei para ir na direção deles... Qual não foi minha surpresa em não encontrá-los ao meu lado! Pensei "Ué, mas não levei nem 3 minutos pra pagar, onde eles foram???", e fiquei procurando ali por perto... E nada deles. Foi quando estava começando a ficar irritada por estar lá sozinha, e peguei o celular: chamou uma, duas, três, quatro, CINCO vezes e ele não atendeu!!! Ah não, já estava ficando furiosa mesmo (e depois ele ia reclamar que eu estava emburrada, mas tinha me deixado sozinha pq??? rs)
Quando menos esperava, veio a cena descrita aí no começo da postagem.

>> "Fui buscar SEU filho" - a essa altura, eu tinha feito a cria sozinha, hahahaha!

E daí ele me explicou, minutos mais tarde e mais calmo também, o que tinha acontecido: quando ele soltou da mão do Pedro, aqueles segundos viraram eternidade para ele e para o Pedro, pois o danado (eu falo gente, ele não é fácil! rs) saiu correndo em direção à praça de alimentação e dobrou a esquina. O pai, quando se virou pra pegar na mão novamente, não achou ele, e pensou que ele tinha fugido em direção à porta, que estava muito próxima de nós. E graças à Deus, um anjinho sussurou no ouvido dele pra ele ir em direção contrária, ou seja, à praça de alimentação... E lá estava nossa cria com cara de paisagem, sem saber onde estava, mas adorando tudo ao seu redor.
Graças ao nosso Papai do céu essa história acabou sem tragédia, em plena véspera de Páscoa, mas nem sempre é assim. Ele poderia ter corrido em direção à porta e alguém poderia tê-lo levado embora, ou ter atravessado correndo o estacionamento e ter sido pego por um carro, ou qualquer outra atrocidade que a gente vê nos noticiários da TV. Até mesmo na parte da praça de alimentação ele poderia ter sido levado por alguém mal intencionado, já que ele é uma criança muito dada... E é por isso que eu tô procurando a tão criticada (ao meu ver injustiçada!) mochilinha de segurança, pois antes eu ficar escutando bobagens de todos os gêneros mas com meu filho a salvo que chorando o leite derramado, procurando por ele nesses cartazes e sites de crianças perdidas, sem saber se voltarei a vê-lo...
Realmente a Terra parou hoje. E se essa história toda não tivesse sido só um "momento tenso", acho que a Terra nunca mais ia girar...
Que Deus dê forças àquelas mães que tiveram a Terra parada, a vida estagnada pela falta de um filho.